quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar




Hoje fui assistir ao filme " Comer Rezar Amar". Saí do filme me perguntando se o que acontece é que a gente enxerga nas coisas tudo o que tem haver com o momento em que estamos vivendo ou se o filme realmente diz tudo o que ouvi ele dizer. No final das contas, acho que a resposta a essa pergunta não interessa muito, mas sim o que pude aproveitar do que falou comigo.
O filme começa com a protagonista conhecendo um xamã em Bali durante uma viagem. O xamã diz várias coisas para ela, fala de várias mudanças. E aí ela volta para casa e as coisas começam a aconter. Mas as coisas acontecem porque iam acontecer de qualquer jeito, ou porque ela começa fazer tudo pensando no que havia ouvido do xamã? Bem, essa é outra pergunta para a qual não cheguei a uma conclusão, e o importante seja por qual motivo for as coisas começam a acontecer. Mais do que isso, ela começa a fazer as coisas acontecerem. Não é fácil, ela sofre pra caramba, mas ela escolhe agir, mudar, encarar as transformações...
Em sua busca por Deus, por paz, por equilíbrio, ou seja lá o que fosse, Liz (a protagonista) traz a tona em vários momentos a questão da constante transformação da vida, desse nosso medo do caos. Desse nosso medo de que nossa vida seja um caos, o que nos impede de ver que a vida é caos, movimento, transformação. O equilíbrio como um objetivo a ser alcançado aparece na busca de Liz. Mas que equilíbrio é esse? Alcançar o equilíbrio é não mais se movimentar?
Tantas coisas chamaram minha atenção no filme, tantos detalhes que fica difícil falar... Talvez tenha ficado com mais perguntas do que respostas, mas acho que isso não é ruim não.
Liz viaja e nos leva junto em sua viagem. Primeiro em Roma, se apaixonando pela língua, pela comida, pela vida... Na Índia, num país que parece totalmente caótico à primeira vista, um lugar onde se busca a paz, rm que o convite é se abrir para Deus, para o mundo, para o outro, tornando possível se aproximar de si mesmo.. Em Bali, onde a história havia começado, porque o xamã disse que ela voltaria, ela volta. Aprende com o xamã, o ajuda, se reaproxima do amor, foge dele... 
O que a gente faz quando acredita que conquistou o que queria, mas quer algo mais que pode não estar se encaixando exatamente onde deveria para que tudo fique equibrado?
Novamente volto às perguntas: o que queremos? o que temos feito para conseguirmos isso? o quanto estamos abertos às transformações? o quanto nos agarramos ( mesmo que infelizes) a algo só por medo de soltar e simplesmente não estarmos mais presos? o quanto estamos abertos para experimentar?
Enfim, só posso dizer que recomendo o filme. Dá pra rir, pra chorar, pra pensar, pra sonhar (as praias de Bali são incríveis!). Talvez alguem veja e nada disso ocorra a essa pessoa e aí ela pode se lembrar da minha dúvida inicial: é o momento que me fez ver tudo isso ou o filme diz isso pra todos? Bem, ainda que ele não diga a mesma coisa pra todos, tenho certeza que algo ele vai dizer. E eu ficaria feliz se fosse escolhida pra compartilhar com qualquer um o que foi que ele falou...

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